Dr. Newton Marques Cruz nasceu no antigo Distrito Federal, no Rio de Janeiro. Graduou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade Nacional de Direito em 1937. No ano seguinte obteve também o diploma do Curso de Psicologia pela Universidade do Brasil. Advogou em escritório próprio entre 1938 e 1949, e foi também Capitão da Reserva do Exército Brasileiro, tendo servido em Natal/RN (1943-1944), zona estratégica de guerra para as Forças Aliadas na 2ª Guerra Mundial, sendo condecorado com uma Medalha de Guerra por seu desempenho, em 1947. Em 1950, foi nomeado Defensor Público Interino e, no ano seguinte, empossado 18º Defensor Público, aprovado no primeiro concurso de provas e títulos do Ministério Público do Distrito Federal, e em 1955, promovido a Promotor Substituto.
Na área acadêmica, foi Professor de Prática Jurídica e Geral na Escola Técnica de Comércio da Fundação Getúlio Vargas (1958) e Professor do Curso de Doutorado da Faculdade de Direito da PUC-Rio (1963). Ainda no período entre 1958 e 1959, foi contemplado com uma bolsa de cooperação técnica concedida pelo governo francês, por meio da qual realizou diversos estágios em matéria criminal e fiscal. Em 1962 tornou-se Sócio Titular e Membro do Conselho Técnico da Sociedade Brasileira de Criminologia e da Société de Législation Comparée. Retornou à França em 1966, à convite do governo francês, para estudar a organização e o funcionamento da Justiça Francesa.
Em 1960, Dr. Newton foi promovido a 2º Curador de Menores e, no mesmo ano, foi condecorado com a Medalha de Mérito Forense concedido pelo Comitê de Imprensa da Justiça do Estado. No início da década de 1960 exerceu diversos cargos na administração pública: Diretor do Departamento de Administração do Serviço de Alimentação da Previdência Social, autarquia vinculada ao Ministério do Trabalho (1960); Presidente da Comissão constituída por ordem do Presidente da República para estudar a situação profissional dos operadores e técnicos de empresas de radiocomunicações (1961); Diretor da Penitenciária Professor Lemos de Brito; Chefe de Polícia do Estado da Guanabara; e Superintendente da Polícia Judiciária, estes três últimos cargos em 1962. Promovido a Procurador de Justiça em 1965, retornou à administração pública, entre 1969 e 1972, como Membro e Vice-Presidente da Subcomissão-Geral de Investigações do Estado da Guanabara, órgão vinculado ao Ministério da Justiça, durante a Ditadura Militar (1964-1985). Entre 15/03/1975 e 14/03/1979 exerceu a função de primeiro Corregedor-Geral do Ministério Público após a fusão do antigo Estado do Rio e o extinto Estado da Guanabara, cargo criado pelo Decreto-Lei nº 11 de 15/03/1975 que organizou o Ministério Público e a Assistência Judiciária do novo Estado. Aposentou-se em 1986, vindo a falecer aos 85 anos de idade.